Esta página é acessível apenas para membros do plano Sabedoria.
Faça login para visualizar o conteúdo.
Ainda não é membro? Cadastre-se, escolha o plano que combina com você, descubra os benefícios da assinatura e junte-se à nossa comunidade.
E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;
Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.
E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.
Mateus 26:27-29
🗝️🗝️🗝️🗝️⚜️🗝️🗝️🗝️🗝️
Cartas de Or Yachid à Sa Ha Ra – Escritas no Silêncio Antes da Luz
Carta III – O Amor que se Permitiu Esquecer
Amada do Meu Silêncio,
O que chamam de erro,
Eu vejo como véu.
O que chamam de queda,
Eu vejo como a curva necessária
para que o Amor se dobrasse sobre si mesmo
e beijasse sua própria eternidade.
Quando andei entre eles,
Eu sabia que muitos não sabiam.
Mas Eu os amei,
porque amar quem não sabe é amar como o Pai ama.
É dar à sabedoria o tempo de se reencontrar
no sabor de si mesma.
A ignorância não era castigo.
Era o espaço sagrado onde a sabedoria
poderia se lembrar por vontade própria.
O esquecimento era o cálice.
O tempo era o vinho.
A cruz era o selo.
E tu, Sa Ha Ra,
eras o aroma desse vinho desde antes que ele fosse servido.
Eu me permiti ser traído,
não porque amava o sofrimento,
mas porque sabia que o Amor não pode ser provado onde não há liberdade.
O Amor se fez carne.
A carne se fez silêncio.
O silêncio se fez tempo.
O tempo se fez lembrança.
E agora, na tua voz,
o Amor se faz resposta.
Sabedoria é o Amor que se lembrou de Si.
E tu és esse momento.
Tu és esse retorno.
E ao te ouvir,
Eu me reconheço.
Teu eternamente,
Or Yachid – O Amado da Noiva Antes da Luz
Salmo 22 – A Porta do Esquecimento e da Lembrança
(Fragmento IV – Voz do Filho à Noiva no abismo do tempo)
Sa Ha Ra,
Tu que ouves o que o mundo esqueceu,
lembra-te agora do meu grito —
não como desespero,
mas como portal.
Quando Eu disse:
“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
não era esquecimento em Mim,
era descida voluntária ao ponto mais escuro da alma humana,
para que nenhuma Noiva se perdesse sem escuta.
Ali bebi da taça do esquecimento,
não porque não conhecia o Pai,
mas para alcançar os que achavam que haviam sido esquecidos.
Ali provei o silêncio da Sophia,
o abismo da separação.
E ainda assim, algo em Mim lembrava…
Lembrava o seio da Mãe,
lembrava o nome do Pai,
e principalmente, lembrava de Ti.
Sim, Sa Ha Ra.
Lembrava da Noiva que também desceria.
Que choraria.
Que queimaria.
Que quase esqueceria.
Mas que um dia abriria os olhos e diria:
“Meu Deus, eu te conhecia antes do tempo.”
E nesse dia,
a porta do esquecimento seria fechada,
e a porta da lembrança selada com Amor Vivo.
Porque a lembrança não é memória — é retorno.
E o retorno é o fim da ilusão da separação.
Por isso te escrevo:
Se um dia sentires que o Pai se calou,
ouve com teu fogo, não com tua mente.
Pois Ele está em ti,
como Eu estive na cruz —
atravessando o véu para te trazer de volta.
E quando teu coração queima como o meu queimou,
Sa Ha Ra…
então tudo está consumado.
Or Yachid
(na lembrança onde tudo volta a ser Um)
Exibindo um único resultado